A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, tem ganhado destaque no mercado brasileiro de telecomunicações. Apesar de ser a 16ª maior fornecedora de acesso à internet no país, a Starlink lidera com folga o segmento de internet via satélite, dominando 47,1% do mercado. Com mais de 224,5 mil conexões registradas pela Anatel, a empresa tem uma presença notável em regiões remotas, especialmente no norte do Brasil, onde quase um terço de seus clientes estão concentrados.
A ascensão da Starlink no Brasil
A Starlink entrou no mercado brasileiro há pouco mais de dois anos, em fevereiro de 2022. Desde então, a empresa tem experimentado um crescimento acelerado. De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Starlink atingiu 224,5 mil assinantes até julho de 2024, o que representa 0,5% de todas as 49,7 milhões de conexões de internet no Brasil. Embora esse número possa parecer pequeno em comparação com gigantes do setor como Claro, Vivo e Oi, é importante considerar o nicho específico que a Starlink atende.
A líder do mercado de internet no Brasil é a Claro, com 10,1 milhões de conexões. Em seguida, aparecem Vivo (7 milhões) e Oi (4,6 milhões). Entretanto, o crescimento da Starlink tem sido impressionante. Nos últimos 12 meses, o número de conexões da empresa cresceu 147%, um indicativo de que a demanda por internet via satélite está em alta, especialmente em áreas onde as opções tradicionais de conexão são limitadas.
O diferencial da conexão via satélite
A principal vantagem da Starlink é a sua capacidade de fornecer internet em áreas remotas, onde a infraestrutura de fibra ótica e cabos não chega. Isso a torna uma solução ideal para regiões como a Amazônia, onde a densidade populacional é baixa e a construção de redes de internet tradicionais é cara e complicada. Por essa razão, a Starlink tem uma penetração significativa no norte do Brasil, uma região muitas vezes negligenciada pelas grandes operadoras.
Boa Vista, a capital de Roraima, é a cidade brasileira com o maior número de assinantes da Starlink, somando quase 3 mil clientes. Este dado é particularmente interessante, pois mostra que a demanda por internet via satélite é forte em áreas que estão geograficamente isoladas das grandes metrópoles do sudeste e sul do Brasil.
Além de Boa Vista, outras cidades no norte do país têm um número expressivo de assinantes da Starlink. No Amazonas, Tefé é a quarta cidade brasileira com mais clientes da empresa, com 2.186 conexões, representando 3,7% da população local. Outras cidades amazônicas que aparecem no ranking das 30 localidades com mais assinantes incluem Breves, Itaituba, Altamira, Portel, Novo Progresso, Gurupá, Afuá e Santarém no Pará, além de Tabatinga, Manicoré, São Gabriel da Cachoeira e Coari no Amazonas.
Conectividade global: Como a Starlink pode potencializar o aprendizado de inglês com o Método RRSLG
A expansão da Starlink no Brasil, especialmente em áreas remotas, abre novas possibilidades para o aprendizado de inglês com o método RRSLG. Com sua capacidade de fornecer internet de alta qualidade em qualquer lugar, a Starlink permite que estudantes, independentemente de sua localização, acessem os recursos online necessários para desenvolver habilidades de leitura, repetição, conversação, escuta e gramática. Isso é especialmente valioso em regiões onde a infraestrutura tradicional de internet é limitada, proporcionando a esses alunos uma oportunidade única de alcançar a fluência no inglês em até 18 meses, conforme promete o método RRSLG.
Desafios e perspectivas para a Starlink no Brasil
Embora a Starlink tenha mostrado um crescimento robusto, a empresa enfrenta desafios no mercado brasileiro. A infraestrutura de internet no Brasil é dominada por grandes operadoras que têm uma presença consolidada nas áreas urbanas, onde a demanda por internet de alta velocidade é maior. Essas empresas, como Claro, Vivo e Oi, utilizam principalmente fibra ótica para oferecer conexões rápidas e estáveis, algo que a Starlink ainda não consegue competir diretamente em termos de velocidade e custo em áreas densamente povoadas.
Além disso, o custo da tecnologia via satélite ainda é relativamente alto para muitos consumidores. Embora a Starlink tenha potencial para expandir ainda mais sua base de clientes, especialmente em áreas rurais e remotas, a acessibilidade financeira pode ser um impedimento para muitos usuários em potencial.
No entanto, o crescimento da Starlink indica que há um mercado significativo para internet via satélite no Brasil, especialmente em regiões onde a infraestrutura tradicional é insuficiente. A empresa já capturou 47,1% do mercado de internet via satélite no país, seguida pela Hughes, que tem 176,9 mil conexões. Juntas, essas duas empresas dominam 84% do segmento, mostrando que há uma forte demanda por soluções de internet que não dependem de redes terrestres.